Wachuma

Formas de administrar Wachuma:
Há 2 formas de administrá-la:
1- A mais conhecida é tomar um copo de 250 ml de Wachuma. Com quantidades muito altas de mescalina, nesse caso levará a pessoa a um transe de aproximadamente 12 horas ou mais. Depois de tomar, a pessoa começara a sentir calafrios e/ou baixas de temperatura em seu corpo, que incomodará. Para que esta pessoa se sinta ”acomodada” e evitar o frio que pode sentir, é imersa em uma piscina com água termo-medicinal a uma temperatura de 35 graus célsius, por um período de tempo suficiente para trabalhar com o corpo físico da pessoa, o que pode fazer com que a pessoa comece a chorar (aqui até os mais valentes choram). E devemos ajudá-la para que regresse a posição fetal. Como a água é quente, se sentirá como se estivesse no ventre de sua mãe. Quando falo de regressão, quero dizer que a Wachuma sempre nos ajuda a regressar a momentos ou vidas passadas onde se originou um trauma, uma sentimento, algo que nos bloqueou. Ouvi dizer que tomam Wachuma para ver o futuro. Para mim o futuro não existe, somente existe o passado e o presente, que acontece agora neste momento. E a filosofia da Wachuma é que sejamos felizes aqui e agora. Este tratamento deve ser feito em lugares acima dos 3000 metros de altura, ja que a altura ajuda a mover as emoções das pessoas.
É por isso que os Tibetanos e Incas se posicionaram em lugares altos, e o mal de altura está na mente das pessoas. As pessoas se sugestionam antes de ir aos lugares altos. A água termo-medicinal também ajuda a mover as emoções das pessoas, e isso pode ser comprovado nos lugares onde há águas termais. Dizem que as pessoas não devem ficar dentro da água por mais de 15 minutos pois depois desse tempo começam a sentir tonturas e têm medo de desmaiar. Isto para mim é um bom sinal e se a pessoa desmaia, nos facilitará para levar o paciente a uma regressão pois o desmaio é um estado de transe também. Enquanto a pessoa estiver dentro das águas termais, deverá comsumir muito mel de abelha (não importa se é diabético) e tomar muita água. Isso ajudará a expandir o estado de transe e não sentir fome. Depois de várias doses de Wachuma, se ingressa no Sagrado Temascal para uma desintoxição e purificação, onde podemos notar que a cura se realiza específicamente com os elementos água e fogo. Essa terapia tem em média um mês de duração.
2- A outra maneira de administrar a Wachuma é tomando uma colher de sopa do medicamento todas as noites antes de ir dormir. Esse processo é lento e pode ser feito na casa do paciente. Depois de uma semana do início do tratamento pode ser observada algumas mudanças. A pessoa começa a sonhar com seu passado, talvez um passado que não se lembra e que pode ter sido uma experiencia ruim. Também começa a dormir muito bem, as vezes mais do que o nomral. Nesse sentido, Wachuma é um bom remédio para combater o extresse e para as pessoas que precisam de remédios para conseguir dormir. Com esse tratamento as pessoas ficam muito sensíveis e começam a chorar e dizer o que estão sentindo e é aqui, junto com as lágrimas, que podemos dizer que ganhamos a batalha. Se nota claramente que Wachuma ajuda a modificar os hábitos das pessoas. Conheço casos em qye as pessoas gostavam de comer muita carne e dpois de iniciado o tratamento começaram a rejeitar a carne e no final se tornaram vegetarianos. Esse tratamento com microdoses pode ser feito na casa do paciente e a família ajuda com o tratamento. Claro que é um tratamento lento mas eficaz.
Doenças que se tratam com Wachuma:
– Pessoas com HIV, tomando Wachuma em microdoses e também comendo farinha de folha de Coca, melhoram e deixam por um tempo o coquetel de medicamentos do hospital.
– Pessoas com enfermidades terminais como o câncer, se lhes é administrado Wachuma em microdoses, em um tempo adequado antes de sua "morte", este medicamento irá fazer com que entendam o motivo de sua doença e captarão a menssagem, partindo mais tranquilas e sem sentimento de culpa.
– No caso de alcoolismo, dependência de cocaína e outros vícios, Wachuma é muito efetivo porque a pessoa entenderá o motivo de se drogar, e descubrirá o que a faz infeliz e descobrirá o lado espiritual, e fará entender a dualidade do bem e do mal.
– O único vício que não há resultados com o uso da Wachuma é o tabagismo.
Possíveis tratamentos com Wachuma:
–Doenças mentais
–Epilepsia
–Wachuma, por ser um medicamento que modifica o humor das pessoas, pode ser muito bom contra os casos de violência doméstica causada pelo alcoolismo.
–Nas prisões para combater a violência
–Nas grande cidades para combater a violência de gangues
–Parto natural na água e prévia ingestão de Wachuma
Estudo científico
Infelizmente, não há estudos científicos desta planta em comparação a toda a informação disponível sobre a Ayahuasca. Faço um apelo a ciência para realizar um estudo científico completo da Wachuma, no aspecto medicinal, químico, farmacológico dentre outras áreas de interesse.
Com base em minha experiência com esta medicina, estou seguro que tudo isso será positivo e assim poderemos abrir caminho para a sua legalização. Com isto terei cumprido minha missão aqui na Terra e assim a medicina dará um grande salto e milhares de pessoas no mundo deixarão de sofrer fisicamente e economicamente pois alcançarão sua liberdade.
Wachuma a planta que ilumina
Tenho certeza que o sacerdote de Chavín com Wachuma na mão, que esta planta lhe deu a visão para que esculpir uma placa de pedra a este SER ILUMINADO, que hoje chamam de Estela Raymondi, em honra a a Raymondi que foi quem a descobriu e que atualmente se encontra no Museu de Antropologia, Arqueologia e Hsitória, na cidade de Lima.
O uso da Wachuma no tratamento do alcoolismo e outros vícios
Por: Agustín Guzmán
"Ser culto es el único modo de ser libre“
(Ser culto é o único modo de ser livre)
José Martí
História das drogas
Há mais de 500 anos atrás, nesta parte que hoje chamamos de América do Norte, e que antes se chamava Abya Yala, seus habitantes viviam em um paraíso. No caso de Tawantinsuyu, os decendentes de Manko Capac e Mama Ocllo foram expulsos do paraíso com a chegada dos europeus. Com eles vieram a cana-de-açucar, uvas, cevada, arroz e outros maus hábitos.
Os Incas bebiam a Chicha, que não é uma bebida alcoólica. Tawantinsuyu foi adicionada ao território dos Incas e seu significado é “o lugar iluminado pelo Sol em suas 4 direções”. Para os irmãos nativos da América do Norte isto simbolizava a Roda Medicinal. Portanto, os Incas viviam no lugar onde se praticava a medicina. Há depoimentos que a idade média dos habitantes de Tawantinsuyu era de 150 anos. Claro, viviam no paraíso, praticavan a medicina, eram vegetarianos, não consumiam drogas porque não as conheciam, e tinham uma boa alimentação, a base do que hoje chamamos de alimentos nativos.
História da Wachuma
Wachuma, chamada de cacto de São Pedro pelos católicos (porque dizem que São Pedro é quem abre as portas do céu), também e´ conhecida como Achuma, Aguacolla e Gigantón, seu nome científico é Echinopsis Pachanoi e também Trichocereus Pachanoi. Este cacto cresce naturalmente nos Andes, no sul do Equador, no Peru e na Bolivia e pertence a mesma família do Peyote. Tem como componente químico a mescalina.
No Peru, encontramos a cultura Chavín com mais de 2.000 anos antes de Cristo. Eu diria que este lugar sagrado, localizado nos Andes a 3.180 metros do nível do mar, é o berço do que hoje é conhecido como xamanismo. Há habitações subterrâneas com ventilação e canais hidráulicos e em um dos pátios há uma placa de pedra com um personagem com um pedaço de WACHUMA na mão, esculpido em alto relevo. Assim podemos dizer que as pessoas que habitaram Chavín tomavam Wachuma dentro das habitações escuras acompanhadas pelo som da água dos canais. Isso é parecido com as pessoas que vão a Huautla de Jiménez, no México, para comer fungos, e que fazem isso dentro dos escuros porões subterrâneos das casas, ou seja, se fazerem ao ar livre, a luz pode interferir em seus sonhos e visões.
Neste lugar também cresce a planta medicinal Wachuma, naturalmente.

Sacerdote com Wachuma na mão
esculpido em alto relevo no templo de Chavín de Huantar

Agustin Guzman

Ser luminoso: esculpido em alto relevo encontrado no Templo de Chavín de Huantar (1.98 metros de altura e 74 centimetros de comprimento)
Conclusões
Para finalizar, lembre-se o que o sábio Antonio Raymondi disse que o Peru “é um mendigo sentado em um banco de ouro” e aqui esta esse anônimo que diz que o Peru “é um doente faminto sentado em um banco de plantas medicinais e alimentos nativos, implorando por uma Aspirina e um hambúrguer”.
Todo o texto acima é um trabalho de mais de 20 anos de pesquisa, não é cópia de algum outro trabalhom que por certo não existe. Também deixo claro que a tradição de usar esta medicina se perdeu e que esta humilde e simples contrinuição, é meu compromisso com minhas raízes e agradeço infinitamente a esta terra que me gerou e de onde eu recebo muito.
Me sinto muito feliz de poder contrinuir com esse grão de areia a sociedade e espero que em um futuro próximo a medicina tradicional nos abra as portas de suas universidades, hospitais, clínicas, postos médicos, para compartilhar nossas medicinas com quem tanto necessita.
Estou aberto para compartilhar mais experiências com a ciência sempre que haja um respeito mútuo. Sei que este sonho se tornará realidade e confio que não demore muito para assim aliviar a dor e tristeza de meus irmãos(as) que caíram no vício das drogas, o qual eu conheço muito bem, por ser eu também um reabilitado e curado com Wachuma e não tenho medo nem vergonha de publicar isso, além disso, me sinto orgulhoso de dizer que eu venci a batalha e que Wachuma CURA SIM, e disso não tenho a menor dúvida.
Muito obrigado a todos vocês.
Em memória dos meus queridos pais Agustín e Joba, que com sua humildade e sabedoria me educaram para caminhar na vida com beleza.
Em memória dos Curandeiros, Curandeiras e Amautas Incas que foram mortos pelo simples fato de estarem em comunhão com Wiracocha e Pachamama.
A todos eles serei eternamente grato.
Apresentado pelo autor (Agustín Guzman) no Congresso Internacional "Medicinas Tradicionales, Interculturalidad y Salud Mental", 7 a 10 de Junho 2009, Tarapoto, Perú.
www.comunidadtawantinsuyu.org
www.agustinguzman.com